O ambiente institucional da indicação geográfica do café no município de Carmo de Minas-Brasil
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo teve como base um recorte metodológico de um estudo cujo objetivo foi avaliar em que medida o ambiente institucional contribuiu para o desenvolvimento dos cafés especiais no município de Carmo de Minas, região sudeste do Brasil. A presente
pesquisa se baseou em uma abordagem qualitativa, uma vez que o levantamento dos dados considerou a percepção das pessoas entrevistadas acerca do fenômeno estudado, sendo caracterizada como bibliográfica e documental. Como resultado, verificou-se que o modo como os atores locais se organizaram permitiu o aprimoramento da qualidade dos cafés e possibilitou a obtenção do registro da indicação geográfica-IG. Neste viés, as instituições locais desempenharam um papel importante, pois a cooperativa e a associação de produtores têm participação em toda a cadeia produtiva do café. Observou-se, ainda, que as melhorias e as normas instituídas no processo de produção e comercialização do café possibilitaram aos produtores rurais o acesso a mercados mais sofisticados, gerando mais rentabilidade e, em consequência, o desenvolvimento local.
##plugins.themes.bootstrap3.displayStats.downloads##
Detalhes do artigo
Seção
Como Citar
Referências
Appolinário, Fábio. 2011. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Cengage Learning.
Araújo, Richard Medeiros de, Fabricio Pereira Gomes e Alba de Oliveira Barbosa Lopes. 2012. “Pesquisa em administração: qualitativa ou quantitativa?”. Revista das Faculdades Integradas Vianna Júnior 3 (1): 151-175. https://bit.ly/2q3K7j3
Azevedo, Paulo Furquim de. 2000. “Nova economia institucional: referencial geral e aplicações para a agricultura”. Economia Agrícola 47 (1): 33-52. https://bit.ly/33BbdMZ
Barbosa, Ivan de Paiva. 2018. “Avaliação de cultivares de Coffea Arabica para cafés especiais na região das Matas de Minas”. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. https://bit.ly/2qFvrXq
BR. 1996. Lei 9.279. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. 14 de maio.
BR Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER). 2018. Dados da cafeicultura da Mantiqueira de Minas. Carmo de Minas: EMATER.
BR Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2018. “Histórico dos municípios”. IBGE. Acessado 15 de setembro de 2018. https://cidades.ibge.gov.br
BR Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). 2007. “Processo de indicação de procedência para a região da Serra da Mantiqueira de Minas Gerais: Processo No. IG200704 de 03 de outubro de 2007”. Rio de Janeiro: INPI.
---. 2018. “Instrução Normativa No. 95/2018”. INPI. Acessado 23 de janeiro de 2020. http://www.inpi.gov.br/legislacao-1/INn095de2018.VersoocerizadaparaPortalINPI.pdf
---. 2019. “Indicações Geográficas registradas”. INPI. Acessado 29 de outubro de 2019. https://bit.ly/2ND7itJ
Cervo, Amado Luiz, Pedro Alcino Bervian e Roberto da Silva. 2007. Metodologia científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Cogueto, Jaqueline Vigo. 2014. “Indicação geográfica e cafés especiais: circuito espacial produtivo e círculos de cooperação dos cafés da Região da Serra da Mantiqueira de Minas Gerais”. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. https://bit.ly/33Eao69
Collis, Jill, e Roger Hussey. 2005. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. Porto Alegre: Bookman. Conceição, Otávio Augusto Camargo. 2002. “O conceito de instituição nas modernas abordagens institucionalistas”. Revista Economia Contemporânea 6 (2): 119-146. https://bit.ly/36dxXn0
Coutinho, Daniel Mendes 2016. “O uso território por agentes torrefadores de cafés especiais do sul de Minas Gerais”. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. https://bit.ly/33CD4wj
Duarte, Marcia Yukiko Matsuuchi. 2017. “Estudo de caso”. Em Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação, editado por Antonio Barros e Jorge Duarte, 215-235. São Paulo: Atlas.
Fiani, Ronaldo. 2002. “Teoria dos custos de transação”. Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil, editado por David Kupfer, 267-286. Rio de Janeiro: Elsevier.
Gala, Paulo. 2003. “A teoria institucional de Douglass North”. Revista de Economia Política 23 (2): 89-105. http://www.rep.org.br/PDF/90-6.PDF
Gil, Antonio Carlos. 2010. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Guedes, Cezar Augusto Miranda, e Rocio Silva. 2014. “Agri-food Geographical Indications, Policies, and Social Managment: Argentina, Brazil, and the Spanish Experience in the European Context”. Análise Social 49 (2): 408-429. https://bit.ly/2NMu81o
International Trade Centre (ITC). 2009. Guide to Geographical Indications –Linking Products and Their Origins– Export Impact for Good. Genebra: ITC.
Jurt, Joseph. 2012. “O Brasil: um estado-nação a ser construído: o papel dos símbolos nacionais, do Império à República”. Mana 18 (3): 471-509. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93132012000300003
Knickei, Karlheinza, Simone Schiller, Susanne Von Münchhausen, Hilka Vihinen e Anja Weber. 2008. “New Institutional Frameworks in Rural Development”. Em Unfolding Webs: The Dynamics of Regional Rural Development, editado por Jan Douwe Van der Ploeg e
Terry Marsden, 111-128. Assen: Royal Van Gorcum B. V.
Lopes, Herton Castiglioni. 2013. “Instituições e crescimento econômico: os modelos teóricos de Thorstein Veblen e Douglass North”. Revista de Economia Política 33 (4): 619-637. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31572013000400004
Mantiqueira de Minas. 2017. “Como obter o selo para produtores e torrefadores”. Mantiqueira de Minas. Acessado 31 de outubro de 2017. http://www.mantiqueirademinas.com.br/origin
Marconi, Marina de Andrade, e Eva Maria Lakatos. 2007. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas; amostragens e técnicas de pesquisa; elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas.
Mascarenhas, Gilberto Carlos Cerqueira, e Ricardo Martins Bernardes. 2016. “A (R)evolução dos cafés: o resgate da qualidade a partir das origens”. Em O sabor da origem: produtos territorializados na nova dinâmica dos mercados alimentares, editado por John Wilkinson, Paulo Andre Niederle e Gilberto Carlos Cerqueira Mascarenhas, 213-256. Porto Alegre: Escritos do Brasil.
Moreira, Sonia Virgínia. 2017. “A análise documental como método e como técnica”. Em Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação, editado por Jorge Duarte e Antônio Barros, 269-279. São Paulo: Atlas.
Nascimento, Luciana de Cassia, Tania Vignuda de Souza, Isabel Cristina dos Santos Oliveira, Juliana Rezende Montenegro Medeiro de Moraes, Rosane Cordeiro Burla de Aguiar e Liliane Faria da Silva. 2018. “Saturação em pesquisa qualitativa: relato de experiência
na entrevista com escolares”. Revista Brasileira de Enfermagem 71 (1): 243-248. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0616
Niederle, Paulo André. 2014. “Desenvolvimento, instituições e mercados agroalimentares: os usos das Indicações Geográficas”. Desenvolvimento Regional em Debate 4 (2): 21-43. https://doi.org/10.24302/drd.v4i2.670
North, Douglass Cecil. 1991. “Instituições”. O Journal of Economic Perspectives 5 (1): 97-112. https://pubs.aeaweb.org/doi/pdfplus/10.1257/jep.5.1.97
Organização Internacional do Café (OIC). 2018. “Estatísticas: dados históricos”. International Coffee Organization. Acessado 21 de novembro de 2018. http://www.ico.org/new_historical.asp
Paiva, Elisangela Ferreira Furtado. 2010. “Avaliação sensorial de cafés especiais: um enfoque multivariado”. Tese de doutor, Universidade Federal de Lavras, Lavras. https://bit.ly/33MRHgV
Pereira, Mara Elena Bereta de Godoi, Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani, Sandra Mara Schiavi Bankuti e Giuliana Aparecida Santini Pigatto. 2016. “Coordenação na agricultura familiar e o desenvolvimento territorial: o caso das indicações geográficas para o café”. Política & Sociedade 15: 131-178. https://doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15nesp1p131
Pindyck, Robert Stephen. 2010. Microeconomia. São Paulo: Pearson Education do Brasil. Saes, Maria Silvia Macchione, e Eduardo Eugênio Spers. 2006. “Percepção do consumidor sobre os atributos de diferenciação no segmento rural: café no mercado interno”. Organizações Rurais & Agroindustriais 8 (3): 354-367. https://bit.ly/32CFFoA
Silveira, Denise Tolfo, e Fernanda Peixoto Córdova. 2009. “A pesquisa científica”. Em Métodos de pesquisa, editado por Tatiana Engel Gerhardt e Denise Tolfo Silveira, 31-42. Porto Alegre: Editora da UFRG.
Vergara, Silvia Constant. 2014. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas.
Zylbersztajn, Décio. 1995. “Estruturas de governança e coordenação do agribusiness: uma aplicação da nova economia das instituições”. Tese de gradação, Universidade de São Paulo, São Paulo. https://bit.ly/33ExMAv
---, Elizabeth Maria Marcier Querido Farina, Maria Silvia Macchione Saes e Maria Celia Martins de Souza. 2001. Diagnóstico sobre o sistema agroindustrial de cafés especiais e qualidade superior do estado de Minas Gerais. São Paulo: Sebrae.
