Prospective Aesthetics, Colonial Tragedy, and Political Imagination: Initial Approaches between Um defeito de cor, by Ana Maria Gonçalves, and Changó, el gran putas, by Manuel Zapata Olivella

Main Article Content

Marcos Alexandre do Amaral Ramos Júnior

Abstract

This article analyzes Um defeito de cor, by Ana Maria Gonçalves, and Changó, el gran putas by Manuel Zapata Olivella as Afrodiasporic narratives that destabilize the framework of Western history and confront the Colonial Tragic. The aim is to demonstrate how these works reconfigure historical memory through marginalized voices, employing strategies such as critical fabulation, mythopoetics, and spirituality as tools of resistance and emancipation. The methodology is based on a comparative analysis of both works, drawing on concepts such as repression, sublimation, and Prospective Aesthetics, while engaging with theorists like Saidiya Hartman, Walter Mignolo, and Achille Mbembe. The findings reveal that both narratives function as counter-devices, shifting the Eurocentric axis of history and reinscribing Afrodiasporic agency. African spirituality emerges as a central axis—not only as a theme but as a decolonizing practice that envisions alternative futures. The article concludes that by rewriting the past, these works challenge the coloniality of knowledge and open pathways for the construction of emancipatory identities and horizons.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

Section

Dossier

How to Cite

Prospective Aesthetics, Colonial Tragedy, and Political Imagination: Initial Approaches between Um defeito de cor, by Ana Maria Gonçalves, and Changó, el gran putas, by Manuel Zapata Olivella. (2025). Kipus: Revista Andina De Letras Y Estudios Culturales, 58, 65-86. https://doi.org/10.32719/13900102.2025.58.4

References

Assis, Machado de. 2007. “Um homem célebre”. En Contos fluminenses. São Paulo: Penguin Classics.

Bhabha, Homi K. 1998. O local da cultura. Traducido por Myriam Ávila et al. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Bloch, Ernst. 2005. O princípio esperança. 3 vols. Traducido por Werner Fuchs. Río de Janeiro: Contraponto.

Carneiro da Silva, Fabiana. 2018. “Maternidade negra em Um defeito de cor: a representação literária como disrupção do nacionalismo”. Revista Estudos Feministas 26 (2). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2018v26n248203.

Castro-Gómez, Santiago. 2005. La hybris del punto cero: ciencia, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá: Pontificia Universidad Javeriana.

Crenshaw, Kimberlé. 1989. “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine”. University of Chicago Legal Forum 1989 (1): 139-67.

Davis, Angela. 2016. Mulheres, raça e classe. Traducido por Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo.

Dussel, Enrique. 1993. 1492: o encobrimento do outro. Petrópolis: Vozes.

Fanon, Frantz. 1968. Os condenados da terra. Traducido por José Laurênio de Melo. Río de Janeiro: Civilização Brasileira.

–––. 2008. Pele negra, máscaras brancas. Traducido por Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA.

Freud, Sigmund. 1996. A repressão. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, 14. Río de Janeiro: Imago.

Freyre, Gilberto. 1933. Casa-grande & senzala. São Paulo: Global Editora.

Gerber, Raquel, dir. 1989. Ori. Guion de Roteiro de Beatriz Nascimento. Brasil: Filmes de Quintal. 1 DVD (135 min).

Glissant, Édouard. 2021. Poética da relação. Traducido por Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Editora 34.

Gonzalez, Lélia. 2018. “A categoria político-cultural de amefricanidade”. En Primavera para as rosas negras, 321-34. São Paulo: Diáspora Africana.

Hartman, Saidiya. 2019. “Venus em dois atos”. Serrote (31): 34-65. Traducido por Jamille Pinheiro.

Kelley, Robin D.G. 2002. Freedom Dreams: The Black Radical Imagination. Boston: Beacon Press.

Kilomba, Grada. 2019. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Traducido por Jess Oliveira. Río de Janeiro: Cobogó.

Mbembe, Achille. 2018. Crítica da razão negra. Traducido por Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições.

Mignolo, Walter. 2003. Histórias locais / projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Munanga, Kabengele. 1999. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes.

Nietzsche, Friedrich. 1992. O nascimento da tragédia. Traducido por Jacó Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras.

Ortiz, Fernando. 1995. Cuban Counterpoint: Tobacco and Sugar. Traducido por Harriet de Onís. Durham: Duke University Press.

Pires, Thula Rafaela. 2021. “Revisitar a história para reescrever o presente: a democracia racial sob crítica no romance Um defeito de cor”. Revista Brasileira de Ciências Sociais 36 (106): 1-20.

Quijano, Aníbal. 2005. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. En A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, organizado por Edgardo Lander. Buenos Aires: CLACSO.

Richard, Nelly. 2020. Feminismo, género y diferencia(s): tres problemas de la teoría crítica. Santiago: Palinodia.

Rivera Cusicanqui, Silvia. 2010. Ch’ixinakax utxiwa: una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón.

Rodríguez Pineda, Laura Daniela. 2024. “La maldición de Changó como una fisura en el dispositivo de la historia occidental”. Literatura: teoría, historia, crítica 26 (1): 12-25. https://revistas.unal.edu.co/index.php/lthc/article/view/issue-26-1.

Santos, Boaventura de Sousa. 2014. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez.

Schwarz, Roberto. 2000. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades.

Spivak, Gayatri Chakravorty. 2010. Pode o subalterno falar? Traducido por Sandra Regina Goulart Almeida et al. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Ventura, Raissa Wihby, y Carlota Boto. 2021. “Imaginações políticas para o século XXI”. Revista Cult (278): 18-23.

Wade, Peter. 2000. Music, race, and nation: música tropical in Colombia. Chicago: University of Chicago Press.

Zapata Olivella, Manuel. 2010. Changó, el gran putas. Bogotá: Ministerio de Cultura.